quarta-feira, 2 de abril de 2008

Disparada

Os mais antigos talvez lembrem, os mais novos provavelmente não terão a menor idéia. Na época da ditadura, houve um compositor, Geraldo Vandré, autor de duas músicas que marcaram o período: "Disparada" que ficou associada à interpretação de Jair Rodrigues e "Prá não dizer que não falei de flores" que foi proibida de ser tocada por muitos anos pelos militares.

Por que afinal estou falando de flores ou disparando? Ao ler a notícia do link, os versos de Disparada vieram imediatamente a minha mente. Os vaqueiros do episódio real parecem crer diferente do vaqueiro que relata a Disparada. É revoltante ver adultos humanos que agem como animais com crianças.
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei

Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente

Link para a notícia.





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